27 de ago. de 2014

Corrida de rua

A corrida de rua vem se apresentando uma modalidade esportiva popular, com grande número de adeptos tanto profissionais como amadores e porque não dizer, recreacionais, por ser um esporte de baixo custo e de fácil adaptação, porém essas facilidades podem se tornar prejudiciais quando sem orientação e realizado de forma inadequada, levando assim a um aumento na incidência de lesões associadas a sua prática.

Nenhuma pessoa se move da mesma forma e cada um tem suas próprias características e particularidades. Somente o tipo de pé não determina o tipo de pisada , apesar de haver relação entre as avaliações, uma vez que o pé é a interface com o solo durante a marcha, as diferenças na estrutura do pé podem resultar em diferenças na mecânica de todo o membro inferior.

Na biomecânica normal da corrida, a face lateral do pé toca o solo primeiro, com a tíbia (osso da perna) em rotação externa. Durante a fase de apoio, o peso do corpo é distribuído ao longo do pé e a tíbia realiza rotação interna, levando a uma rápida inversão e pronação do calcâneo (osso do pé), que dissipa as forças de contato.

Corredores tocam o pé no solo aproximadamente 600x por km, já a biomecânica da corrida de longa distância se difere pela distância percorrida, diferença de superfície e características da prova.

Um dos mecanismos mais freguentes de lesão em corredores é o treino excessivo (overuse). Todas as lesões por overuse são erros de treinamento, pois o corredor deve ter excedido seu limite de distância percorrida e ou intensidade. As forças que são repetidamente aplicadas ao corpo abaixo do limite de resistência e em tempo de recuperação adequado, podem levar ao remodelamento positivo de uma estrutura. Por outro lado, se houver insuficiência no tempo de descanso entre as forças aplicadas, podem resultar uma lesão de esforço.

O local mais afetado nos membros inferiores, de longe é a articulação do joelho (50%), seguido pelo pé, coxa, perna e quadril.

O entendimento dos fatores que causam lesões desportivas contribui na prevenção das lesões, então vamos correr sim, mas com informação.

Bom treino !!!

Por Patricia Motta Marques
Fisioterapeuta